domingo, 23 de agosto de 2009

Imagem X Verdade

Hoje, enquanto olhava um perfil no orkut de uma pessoa conhecida, fiquei pensando em como as pessoas tentam vender a imagem do que não são e como as pessoas acreditam nessa imagem. Claro que ninguém quer parecer uma pessoa chata, sem graça, cheia de defeitos e manias, mas aí inventar qualidades, mudar a personalidade por causa disso, já é demais. O pior é quando vc não inventa nada, mas tem gente que faz esse trabalho pra vc, seja pra pior ou melhor. Por exemplo, o Michael Jackson: a mídia só sabia dizer que o cara era um louco, que atacava criancinhas e não fazia nada de bom. Mas quando o garoto que acusou ele de abuso apareceu dizendo que era tudo mentira, não teve uma notinha miserável na mídia, porque a imagem dele sendo um cara completamente maluco, era muito melhor. E quantos projetos ele tinha de caridade, em diversos lugares, e a maioria das pessoas nem sabe disso. Mas pra que tocar nesse assunto, não traz audiência mesmo. Então, o melhor pra eles é inventar tudo, as pessoas acreditam, e ta tudo certo. E o pobre do cara que agora ta morto, nunca mais vai poder se defender de nada.
A mesma coisa acontece da forma inversa, claro. Gente famosa que não presta nem pra limpar chão de banheiro de posto de gasolina na estrada, que é tida como quase um anjo. Sempre inventam alguma desculpa pra justificar as coisas que essas pessoas fazem, e elas continuam como exemplares, ou sei lá mais o que. Que nem esse tal de Carlinhos, o mendigo. Como eu tenho raiva desse cara. Em todas as vezes que o vi na tv (e não, não vejo “a fazenda”), ele estava querendo humilhar alguém. E aí tem quem diga que ele é assim porque viveu nas ruas, porque sofreu, etc., etc. E daí? Quantas pessoas não sofreram tanto ou mais do que ele, e não viraram pessoas ruins por isso. Mas como todo mundo adora um coitado, fazem dele um super comediante simpático.
Mas, voltando ao mundo real, eu acho que seria muito mais fácil se as pessoas que querem aparentar algo que não usassem uma etiqueta na testa escrita o que querem ser (ta, muita gente quase faz isso), do que ficar tentando convencer os outros com perfis do orkut, frases decoradas da tv, e roupas copiadas de todo mundo na rua. Eu sei que tem muita gente que é desse jeito mesmo, que ta só no meio de uma massa, que não sabe o que significa uma opinião, tudo bem, eu entendo. Mas qual o problema de assumir ser o que realmente é? Ah, eu, pelo menos, acredito que quanto mais diferente, melhor. Opiniões diferentes, idéias, personalidades, até roupas, cabelos, tudo. Mesmo porque se fosse pra ser todo mundo igual, todo mundo nasceria igual. Mas não, muita gente prefere vender uma imagem, do que investir na verdade. Até porque se essa imagem for mais aceita por todo mundo, pra que ser uma verdade? Aí depois viram um monte de gente frustrada, e reclamam da vida, do mundo, porque quando deviam fazer o que realmente queriam, fizeram o que acharam que ia ser bem visto. Odeio falso status, que as pessoas inventaram pra serem melhores que as outras, e nem sabem realmente o que é. Tomara que um dia todo mundo possa ter um óculos pra ver a personalidade da outra pessoa, pra que todo mundo possa formar grupinhos iguais, mas pelo menos com coisas reais, e que esses que adoram passar por bonzinhos e coitados, possam dar um passo sozinhos, sem que ninguém fique passando a mão na cabeça das besteiras que eles fazem, e possam dar um passo maior com os próprios pés, e pensar com a própria cabeça.
Muito feliz dando passos pequenos, e com meus pés =)

sábado, 22 de agosto de 2009

Meu ouvido não é penico

Estava eu na tranquilidade da minha casa, quando pela quadregentésima-zilhionésima-quarta vez, começa a tocar a jukebox do outro lado da rua. Jukebox é legal, quando se está num lugar com mais de 10 pessoas, um local que pede música, não em um bar vazio, que toca SEMPRE a MESMA coisa.
Tudo bem que cada hora a gente tem um momento musical (no meu caso, nunca tenho um momento axé, funk, pagode e coisas do gênero), mas tem gente que alopra. Por exemplo: o que são aquelas letras de funk, que chamam a mulher de tudo quanto é jeito, e o pior, ver um monte de mulher dançando isso, como se fosse lindo. Pra mim, quando a pessoa dança esse tipo de coisa, concorda com tudo que ta sendo dito, né? E o que são essas pessoas que concordam com as letras? Melhor nem dizer. Outra coisa que não entendo: pagode. O que leva uma pessoa a gostar de um cara com dor de barriga contando as dores de corno dele?? Ou a dor de corno, ou mostrando que ele é o melhor né, porque só isso que tem naquelas letras, sempre a mesma coisa. E como eu li ou escutei uma vez em algum lugar, cantor de axé só conhece vogal, do tipo “aê, aê, aê, aê”, e essas tais micaretas só servem pra pegar sapinho. Ah, vai, me diz um outro bom motivo pra todo mundo ficar com uma blusa igual, todo mundo com torcicolo de ficar olhando pra cima do trio, e voltar ao tempo dos cavernas, com os homens puxando as mulheres pelo cabelo.
Eu juro que um dia arranco meus cabelos com todo dia tocando as mesmas músicas em quase todos os lugares. Ou então aprendo um mantra poderoso, e me desligo do mundo e vou visitar os anjos tocando harpa no paraíso.
Tentando manter meus cabelos na cabeça...

Educação/honestidade

Uma coisa que hoje em dia é muito difícil de se ver, é uma pessoa bem educada. Não digo educação em melhores escolas, faculdades e etc., mas o que vem de casa mesmo. Coisas, que há algum tempo eram banais de se ver, hoje se tornaram quase uma miragem. Por exemplo, as 3 palavrinhas mágicas: por favor, licença, e obrigado. Se eu ganhasse 1 real por cada vez que as escutasse... eu estaria morando embaixo da ponte. Fico pensando qual está mais em extinção, e eu acho que é “licença”. Tá, as outras duas quase não vejo mais, mas qual a dificuldade que as pessoas tem, hoje em dia, de falar essa pequena palavrinha, que não dói, não explode nossa cabeça quando a gente fala, e nem cai a língua quando pronunciada? É muito irritante quando vem alguém perto de vc, e em vez de pronunciar essa linda e mágica palavra, que não é difícil como “três tigres tristes”, simplesmente coloca a mão em vc e te empurra pro lado, achando que está sendo gentil. Se colocar a mão nos outros fosse gentil, não existiria tanta gente odiando ser cutucada, como eu.
Já o "por favor" e "obrigado", acho que as pessoas tem na cabeça um tipo de trato: “ah, se eu falar por favor, não preciso agradecer, porque já fui educado pedindo”, ou então “não vou falar por favor agora, que eu falo obrigado, e tá tudo certo”. Meu Deus, não custa nada pronunciar duas palavras pequenas, é fácil, simples, e de graça. Mas, fazer o que né, tem gente que acha que não vale a pena, e por isso elas estão juntas com o mico-leão-dourado na lista de extinção.
Outra coisa que também virou peça rara, é gente honesta. Todo mundo sempre enche a boca pra falar que é trabalhador honesto, bla, bla, bla, mas na hora que dá, todo mundo quer tirar uma lasquinha da situação e praticar uma “pequena” desonestidade. É engraçado, quando, por exemplo, alguém dá o troco a menos pra pessoa, na hora ela reclama os seus direitos, e ainda vira pro fulano mais perto e diz: “queriam me passar a perna; ah, se eu não fosse tão esperto.” Mas quando a coisa vira de lado, ou seja, quando o troco dado é a mais, a maioria vai embora, e ainda diz “pessoa burra, nem sabe dar o troco, me dei bem”. Mas ninguém pensa que a tal “pessoa burra” vai ter que tirar do próprio bolso esse dinheiro. E hoje em dia, todo mundo se acostumou com a desonestidade. Mas quando alguém é honesto, quando alguém faz o que se deveria esperar de todos, aparece na tv, jornal, revista, todo tipo de coisa, como se fosse atitude de outro mundo,e merecesse alguma recompensa, o que, tecnicamente não mereciam, já que só estão fazendo a coisa certa. E depois, essas mesmas pessoas desonestas querem reclamar de algo. Se elas são desonestas com alguém, porque outra pessoa não seria desonesto com ela? Afinal, não é a lei do mais esperto? Porque todo mundo acha muito bom passar a perna no outro, furar uma fila, ganhar um dinheiro. Mas quando quem faz é o outro, aí todo mundo quer brigar e exigir seus direitos. Mas ninguém pensa que o seu direito termina quando o direito do outro começa né, porque é sempre mais fácil pensar só no próprio ra... nariz.
E o pior, é pensar que nesse pandemônio que a gente vive hoje, quem é educado e honesto, é tachado de burro, ou et. Porque se vc fala as palavrinhas mágicas, tem gente que até olha esquisito, como se tivesse ouvindo grego, e outros que realmente não entendem o que vc fala, já que nunca ouviram tais palavras na vida, e outros, ainda, que acham que vc é retardado, por tentar ser gentil. E o honesto, o que deveria ser normal, devia se adaptar ao mundo, e fazer tudo que as outras pessoas fazem, achando que é lindo tirar vantagem de tudo, viram uma peça digna de ser estudada. Mas, pelo menos eu fui ensinada a fazer a coisa certa, e ser uma trouxa no mundo, porque o que seriam dos espertos, se não existissem os trouxas? E vou continuar sempre com o meu “de nada” sem o obrigado, talvez deixando as pessoas sem graça, um dia elas aprendam que essas 3 palavras mágicas trazem muito mais coisas de bom do que as que elas aprenderam na caverna, quer dizer, casa. =)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Best-sellers

Ta aí uma coisa que não consigo entender nesse vasto mundo(começo de filosofia de boteco).Tá, eu entendo que tem gente que não gosta de ler, não vejo problema nenhum. Sei também que muita gente finge ler, pra parecer intelectual, que sempre se diz “cult”, mas não sabe nem escrever intelectual; isso já me deixa meio revoltada, mas se não fossem essas pessoas, de quem eu ia rir todos os dias?? Mas o pior de tudo é aquela gente que só lê best-seller. Tá aí raça que podia ser extinta que não ia fazer falta. O segredo, Caçador de pipas, etc., são exemplos do que eu to falando. Gente do céu, eu não sei se sou só eu, mas o que tem de bom nesses livros? O que fala em “o segredo” qualquer livro de auto-ajuda fala, e vamos combinar que livro de auto-ajuda desse tipo em best-seller não rola. E esse caçador de pipas então, tá pra aparecer livro que odeio mais. Primeiro, que 95% das pessoas que o leram, é porque ele foi best-seller. Segundo, que é uma das piores histórias que existem. Não to discutindo o jeito que o autor escreve, a política dos talibãs, nada disso. To falando da história principal. O que é aquele personagem principal se dando bem, só ferrando o outro, que é o mocinho de verdade da história. Só de pensar me dá raiva.
Mas, voltando ao assunto, como tem gente que pode dizer que ama ler, que não vive sem livros, só com esse tipo de livro na estante. Também não to dizendo que todos os best-sellers são ruins, e mesmo se fossem, sempre tem alguém que gosta. Só fico revoltada com gente que só compra o livro porque vende muito, não entende nada do que diz, e ainda quer discutir com os outros sobre a história, que muitas vezes não faz sentido nenhum.
Por isso eu sou feliz, lendo um monte de livro que na maioria das vezes ninguém conhece, lendo livros conhecidos de vez em quando, gostando de muitos, odiando outros, mas lendo o que EU acho que é bom, não o que uma budega de ranking dos mais vendidos diz pra mim.
Mas é aquela coisa, e voltando ao começo do post, gente que lê pra ser intelectual. O que seria do mundo sem essas pessoas? O que seria da minha vida sem essas pessoas? Ah, eu falo mal deles mesmo, mas o que tem? É engraçado ver pessoas se esforçando pra parecer inteligentes, cultas, e tudo o mais. Quando eu não sei, não sei e ponto. Mas tem gente que não admite né, e sempre há aquela famosa frase: “eu já ouvi disso em tal lugar”, “já li sobre isso”, só pra não ficar fora da conversa. Mas nada que umas boas risadas não curem, uma boa pergunta bem feita não desmanche, e uma boa dose de bom senso não faça.
Mas né, cada um com o que lhe convém. E eu com as minhas revistinhas de turma da Mônica, com histórias bem mais interessantes, sendo muito mais feliz =)

Ambiente de faculdade

Como primeiro tópico, tenho que começar a falar de um ambiente que é presente, já foi, ou será presente na vida de muita gente.Todo mundo que quer entrar em uma faculdade, pensa em muita coisa, além da carreira que escolheu. Nas pessoas que vai encontrar, nas festas que vai, nos problemas que vai ter, etc. Porém, por mais que existam um zilhão de faculdades diferentes no mundo todo, há sempre uma fórmula básica desse ambiente.Pra começar, as pessoas que entraram na faculdade pra desfilar, arrumar namorado(a)(s), enfim, fazer o social, mas se formar, eles não querem. Esse tipo participa de todas as reuniões que envolvem mais de 5 pessoas, e se tiver bebida, melhor.Tem aqueles que realmente vão pra faculdade pra estudar, e não fazem outra coisa além de enfiar a cara nos livros, e se bobear, não sabem nem o nome da pessoa que senta ao lado por 4 anos, ou mais.E tem os meio-termos, que estudam e socializam, sempre conseguindo fazer os dois.Mas não foi pra isso que comecei a escrever, mas pra falar das "coisas" que existem nas faculdades. Pra mim, que sou uma pessoa que não repara nos outros, não gosta de falar mal de ninguém, e tem uma paciência de Jó, é um ambiente mais do que bom pra esse tipo de coisa.É engraçado observar essas coisas: gente que quer ser mais bonito que todo mundo, mais inteligente, ou mais tudo. Morro de rir com as garotas que vão vestidas como se fosse pra SP fashion week, ou então acham que vão fazer parte do filme da Bruna Surfistinha. Essas, claro, chamam toda a atenção, mas nem preciso dizer que também viram, na maioria das vezes, objeto na mão de veteranos, calouros e etc, mesmo porque, pra elas é até melhor, quanto mais gente olhando, mais elas se acham.Tem outras pessoas que querem provar o tempo todo que são melhores que os outros, com notas, trabalhos, idéias, qualquer coisa, até no cuspe a distância. O mais engraçado, é que esse tipo de gente costuma ter o seguinte discurso: "eu sou tão burro(a); nunca vou conseguir passar; me ferrei nessa prova;" Mas nenhuma dessas pessoas quer realmente escutar alguém concordando com elas, lógico, mas querem ouvir: "ah, que isso, você é um gênio, etc., etc., etc., " E a gente nem precisa levar isso só pra parte intelectual não, mas pra tudo.E se a gente pensar bem, isso não acontece só no ambiente da faculdade, mas no trabalho, na rua, na chuva ou na fazenda hahaha. Sempre vão ter os que querem aparecer por coisas que não são, os que querem que todo mundo perceba a chegada, os que querem ibope. Por isso, em muitas situações, pra não falar besteira, adoto a filosofia dos pinguins de Madagascar "sorria e acene". Antes isso do que colocar a cabeça pra fervilhar de coisas que essas pessoas mereciam ouvir, e gastar o tempo precioso com isso. É muito melhor rir sozinha e esquecer esse tipo de coisa e a gente fica muito mais feliz, e sem rugas =)